terça-feira, 9 de julho de 2013

O Pior do Brasil é o Brasileiro

Nestes ultimos dias acompanhei os protestes ocorridos no Brasil com interesse, não o interesse egoista para melhorarem apenas aquilo que me toca, mas o interesse de que algo poderia acontecer para criarmos um País melhor para a minha filha.

O problema é que percebi (infelizmente) que a revolução não vai ser televisionada, simplesmente pq ela não vai acontecer.

Somos um povo que ao iniciarmos os protestos já pensamos em como tirar vantagem, dividindo as pautas e desfocando do que é importante. Veja, não estou dizendo que o povo deve criar uma pauta, oras catzo, o Governo não tem um balcão de reclamações onde podemos protocolar o que deve ser feito e além disso, é por isso que eles foram eleitos e são pagos (Mais do que deveriam).

O ponto é que os protestos deveriam continuar sem uma pauta definida e sem partido, pois como já disse, isso evita a negociação por barganha que sempre ocorre, e ocorreu. O problema são os R$ 0,20? então tomem eles de volta; Não gostaram da PEC37? vamos votar para revoga-la (e criar outra em momento mais oportuno) e assim caminhamos e com um título da Seleção no meio do caminho, ficou muito mais fácil por o Gigante para dormir novamente.

Estes momentos serviram para reforçar a minha ideia de que o pior do Brasil são os Brasileiros, e para isso há vários argumentos:

1) Somo ufanistas incorrigiveis com sindrome de Pit-Bull 

É só ver o que acontece na época de Copa do Mundo, Olimpiada e afins…. O Brasil é sempre um favorito injustiçado. Aquele que “briga sozinho contra este mundão”. Mas o ponto é que só quando estamos vencendo é que temos orgulho e cantamos aquela musiquinha hipócrita “com muito orgulho”. Se não ganharmos, ignoramos e buscamos a mais esfarrapadas desculpas e paramos de cantar a musiquinha.

2) Buscamos sempre a solução mais fácil

Nós somos um país extremamente mal administrado, pelo simples fato de que somos mestres na “Lei do Mínimo Esforço”. Não se olha para os problemas do país com uma visão a longo prazo (mais que um mandato) e com isso buscamos sempre as ideias imediatistas (Vide a lambança que a Dilma está fazendo na saúde).

A distribuição de renda é ruim? Vamos dar uma esmola oficial, sem contra-partida do povo (que não gostaria da ideia) e sem limite de tempo?

As Universidades são só para os riquinhos? Vamos financiar a entrada deles nas Universidades pagas (Dando dinheiro para empresarios que buscam mais carteiras do que qualidade), ao invés de melhorar a educação de base para que estes alunos possam chegar em condições de passar no Vestibular. Definir uma cota nas Universidades Públicas não por cor, classe ou credo mas para quem faz Cursinho e estuda em escola particular, dando mais vagas para aqueles que estudaram na escola pública.

E isso a longo prazo faz com que o serviço público seja tão ruim em todas as áreas que qualquer porcaria paga (que temos hoje) seja muito melhor e usada como simbolo de status.

3) Somos extremamente egoístas e tacanhos

Não aqui. Não com esse povo, pois utilizando os Cálculos Hipotéticos Utilizando Técnicas Estatísticas (C.H.U.T.E.) com base nos posts e comentários do Facebook e do Twiiter, aproximadamente 90% da população fica alienados indiferentes que não ligam para política e vão viajar no feriado e reclamam do direito de ir e vir na primeira manifestação e os alienados partidários que defendem um partido acima de qualquer benefício ao País e ao povo.

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Basta reclamar do Bolsa-Familia (que poderia ser muito melhor do que uma simples compra de voto) que você é um reaça do PSDB. Mas se você criticar as privatizações dizendo que elas podeiram ter sido feitas de maneira muito mais inteligentes, automaticamente é taxado de Petista. Ou seja, ambos os lados ficam taxando e chingando quem quer discutor e analisar o problema para encerrar logo a discussão sem dar margem para argumentações, por que no fundo não há argumentos de nenhum dos lados, só a “torcida”.

4) Somos aproveitadores 

Somos um povo que consegue desvirtuar o conceito de ONG e Igreja, pelo simples fato de que são isentas de impostos e recebem benefícios do governo.

Acho que parte deste problema vem do fato de sermos um lugar “Onde se planta, nasce”, não temos preocupações maiores com a natureza, não temos um desafio que nos afronta e nos força a buscarmos uma solução como povo. Acredito que estes desafios moldam a cultura dos paises nórdicos e dos orientais (Japão e Coréia do Sul) e faz com que o povo pense sempre em como a sua cultura deve sobreviver.

Nós por termos muitas riquesas buscamos sempre “chegar na frente” e se apoderar do máximo que puder e quando a natureza nos desafia (e ela faz isso até que pouco), por sermos tão grandes o problema é localizado e não nos afeta, então o que eu roubo em Brasilia não vai chegar ao Sertão ou à região Serrana do Rio mesmo….

Ou seja: Somos o que há de pior neste país 

Pois se não estamos “vencendo”, se dá trabalho e não nos beneficia diretamente, nós simplesmente ignoramos…. E pior combatemos com fervor estes malucos que querem aparecer e fazer demagocia, pregando que para vencer temos que treinar, buscar o melhor caminho (geralmente o que dá trabalho) e buscando um bem maior.

Dizemos que somo os país dos espertos (E com orgulho), mas nos esquecemos que para cada esperto deve haver, no mínimo, um trouxa. Portanto (lógica 101), se somos o país dos espertos, somos inevitavelmente um país de trouxas!

Uma pena, pois achava realmente que o “Gigante” tinha acordado, mas ele apenas foi dar uma mijadinha e voltou a dormir.

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