domingo, 2 de outubro de 2011

Idade de Ser Feliz – Mário Quintana

feliz_busca_felicidade

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

A teoria do Foda-se

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de FODA- SE!"

que ela fala.Existe algo mais libertário do que o conceito do " FODA-SE " ?

O " FODA-SE "aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as

coisas. Me Liberta.

"Não quer sair comigo? Então foda-se!".

" Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"

 

O direito ao " FODA-SE "deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para

prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais

fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua, como o Latim Vulgar, será esse

Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

 

”PRA CARALHO", por exemplo, qual expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade

do que "PRA CARALHO"?  - "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão

matemática.

A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra

caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o

famoso "Nem fodendo!" O "Não, não e não!" e tampouco e nada eficaz e já sem nenhuma

credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem.O "Nem fodendo!" é irretorquível, e

liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranquila, para outras atividades de maior

interesse em sua vida.

 

Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não

perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo:

"Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!".

O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e

você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "PORRA NENHUMA" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego

exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados

blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso

cotidiano profissional.Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD

porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".

 

O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar

interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais

recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.Há outros palavrões igualmente

clássicos. Pense na sonoridade de um " PUTA QUE PARIU ! ", ou seu correlato

" PU-TA-QUE-PA-RIU ! ", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma

notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.

 

Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe

permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.E o que dizer de

nosso famoso "VAI TOMAR NO CÚ ! "? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai

tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus

quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e

solta: "Chega ! Vai tomar no olho do seu cu!".

 

Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à

rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e

renovado amor-íntimo nos lábios.E seria tremendamente injusto não registrar aqui a

expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu ! ". E sua derivação

mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!".

 

Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o

grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?Expressão, inclusive, que uma vez

proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa.

Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem

carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar:

O que você fala? "Fodeu de vez!".

 

Liberdade, igualdade, fraternidade e FODA-SE !!!!!!!!!